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terça-feira, 19 de abril de 2016

A Carta de Pero Vaz de Caminha


                        A Carta De Pero Vaz De Caminha

                                                                        

A Carta conhecida como “Carta de Pero Vaz de Caminha” é também conhecida como “Carta a el- Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil”, é um documento no qual Pero Vaz de Caminha, escrivão de Pedro Alvares Cabral (descobridor do Brasil) registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta.
É considerado o primeiro documento escrito da História do Brasil. Assim, é considero o “marco zero” ou o pontapé inicial para a construção da história Brasileira após o descobrimento. O termo “descobrimento” é muito questionado hoje em dia, pois quando usado nos faz esquecer que estas terras já eram habitadas por índios.
Vaz de Caminha era escrivão da frota de Pedro Alvares Cabral, e redigiu essa carta para Dom Manoel I, conhecido também como “O Venturoso” ou “Bem Aventurado”, para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras.
A Carta é datada em 1° de maio de 1500; a cidade onde estavam era Porto Seguro, e foi levada para Lisboa por Gaspar de Lemos, um grande navegador desse período.
Tal carta manteve-se conservada inédita por mais de dois séculos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Esse Arquivo está localizado em Lisboa, e existe no Estado português desde a Idade Média possuindo mais de 600 anos; é uma das instituições mais antigas de Portugal e uma das únicas ativas até hoje. Foi descoberta no século XVIII por José de Seabra da Silva, mais precisamente em 1773. Foi noticiada pelo historiador espanhol Juan Bautista Munoz, e publicada pela primeira vez no Brasil pelo Padre Manuel Aires de Casal, um português, que além de padre desempenhava a função de geógrafo e historiador, e viveu no Brasil durante muito anos. Tal publicação ocorreu em sua obra denominada como “Corografia Brasilica” de 1817.
A carta é o exemplo típico do deslumbramento dos Europeus para com o novo. No caso o “Novo Mundo” como eram chamadas as Américas. Caminha documenta algumas características físicas da terra encontrada e o momento em que enxergaram um monte, denominado logo depois por Pedro Alvares Cabral como “Monte Pascoal”. Logo após, ele narra o desembarque dos Portugueses na praia, o primeiro contato com os índios e a primeira missa realizada na terra descoberta.
Em 2005 este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO).




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